Tele-entulhos do bem

É fato que todo mundo quer se livrar do material que sobra numa construção, não é? De preferência, bem longe do seu quintal! Mas então, pra onde vai este entulho?

Sabe-se que no Brasil, cerca de 40% dos resíduos sólidos vai parar nos lixões a céu aberto, número bastante elevado. E com o boom da construção civil este problema só tende a aumentar. Sendo impossível construir sem produzir entulhos de toda sorte (gesso, tintas, cimentos, etc), a solução seria tentar reaproveitar estes resíduos em algo útil para alguém. Não seria perfeito se escolas, instituições filantrópicas, igrejas ou ongs fossem beneficiadas com algo de baixo custo e baixo impacto ambiental? O sonho de todo o ativista sustentável! 

Que possamos ver cada vez menos cenas como esta nas nossas cidades.

Para que este sonho um dia se torne realidade, é necessário que esse resíduo gerado tenha um destino correto. A questão do tratamento é muito importante, pois quando misturamos os resíduos, acabamos destruindo aqueles que são potencialmente recicláveis. 

Ainda bem que os órgãos públicos já estão mexendo seus pauzinhos para facilitar a vida das empresas responsáveis por dar um fim “ecológico” a isso. Pouca gente sabe, mas existe uma lei que determina o descarte exato destes resíduos. Esta lei já está em vigor em algumas cidades, inclusive Novo Hamburgo, válida para grandes construções, e está prestes a entrar em vigor para pequenos projetos também. Em breve, todos os projetos para serem aprovados pela Prefeitura terão que se adaptar a ela.

Quem se habilita a reutilizar este lixo?

No bairro Canudos, em Novo Hamburgo, estamos construindo um supermercado já dentro destas normas e a papelada necessária é grande. Mas não é difícil se lembrarmos do bem que estamos ajudando a promover. Imagine poder viver numa cidade cujo “lixão” é um exemplo de reciclagem para o país e o mundo? No fim das contas, todos saem ganhando!

Por enquanto é ainda um sonho, mas no que nos compete, vamos dar todo gás para logo realizá-lo.

Grande abraço,

Equipe Luis Maldaner.